quarta-feira, 25 de março de 2009

PLACAS TECTÔNICAS !!





Na teoria da tectónica de placas a parte mais exterior da Terra está composta de duas camadas: a litosfera, que inclui a crusta e a zona solidificada na parte mais externa do manto, e a astenosfera, que inclui a parte mais interior e viscosa do manto. Numa escala temporal de milhões de anos, o manto parece comportar-se como um líquido super-aquecido e extremamente viscoso, mas em resposta a forças repentinas, como os terramotos, comporta-se como um sólido rígido.
A litosfera encontra-se fragmentada em várias
placas tectónicas e estas deslocam-se sobre a astenosfera.
Esta teoria surgiu a partir da observação de dois fenómenos geológicos distintos: a
deriva continental, identificada no início do século XX por Alfred Wegener, e a expansão dos fundos oceânicos, detectada pela primeira vez na década de 1960. A teoria propriamente dita foi desenvolvida no final dos anos 60 e desde então tem sido universalmente aceite pelos cientistas, tendo revolucionado as Ciências da Terra.






São três os tipos de limites de placas, caracterizados pelo modo como as placas se deslocam umas relativamente às outras, aos quais estão associados diferentes tipos de fenómenos de superfície:
Limites transformantes ou conservativos - ocorrem quando as placas deslizam ou mais precisamente roçam uma na outra, ao longo de falhas transformantes. O movimento relativo das duas placas pode ser direito ou esquerdo, consoante se efectue para a direita ou para a esquerda de um observador colocado num dos lados da falha.
Limites divergentes ou construtivos – ocorrem quando duas placas se afastam uma da outra.
Limites convergentes ou destrutivos – (também designados por margens activas) ocorrem quando duas placas se movem uma em direcção à outra, formando uma zona de subducção (se uma das placas mergulha sob a outra) ou uma cadeia montanhosa (se as placas simplesmente colidem e se comprimem uma contra a outra).
Há limites de placas cuja situação é mais complexa, nos casos em que três ou mais placas se encontram, ocorrendo então uma mistura dos três tipos de limites anteriores.


Causa do movimento das Placas:


Conforme foi referido acima, as placas movem-se graças à fraqueza relativa da astenosfera. Pensa-se que a fonte da energia necessária para produzir este movimento seja a dissipação de calor a partir do manto. Imagens tridimensionais do interior da Terra (tomografia sísmica), mostram a ocorrência de fenómenos de convecção no manto (Tanimoto 2000). A forma como estes fenómenos de convecção estão relacionados com o movimento das placas é assunto de estudos em curso bem como de discussão. De alguma forma, esta energia tem de ser transferida para a litosfera de forma a que as placas se movam. Há essencialmente duas forças que o podem conseguir: o atrito e a gravidade.

Atrito:


Atrito do manto: as correntes de convecção do manto são transmitidas através da astenosfera; o movimento é provocado pelo atrito entre a astenosfera e a litosfera.
Sucção nas fossas: correntes de convecção locais exercem sobre as placas uma força de arrasto friccional, dirigida para baixo, em zonas de
subducção nas fossas oceânicas.
As correntes de convecção são um fenómeno que ocorre devido ao calor que é produzido pelo núcle terrestre, o que gera a subida de massas quentes no manto, enquanto que as mais superficiais que estão mais frias descem. Forma-se assim um género de "tapete rolante" que arrasta as placas litosféricas.

Gravidade:


Ridge-push: O movimento das placas é causado pela maior elevação das placas nas cristas meso-oceânicas. A maior elevação é causada pela relativamente baixa densidade do material quente em ascensão no manto. A verdadeira força produtora de movimento é esta ascensão e a fonte de energia que a sustenta. No entanto é difícil explicar a partição dos continentes a partir desta ideia.


Slab pull: o movimento das placas é causado pelo peso das placas frias e densas, afundando-se nas fossas. Há evidências consideráveis de que ocorre convecção no manto. A ascensão de materiais nas cristas meso-oceânicas é quase de certeza parte desta convecção. Alguns modelos mais antigos para a tectónica de placas previam as placas sendo levadas por células de convecção, como em bandas transportadoras. Porém, hoje em dia, a maior parte dos cientistas acredita que a astenosfera não é suficientemente forte para produzir o movimento por fricção. Pensa-se que o arrasto causado por blocos será a força mais importante aplicada sobre as placas. Modelos recentes mostram que a sucção nas fossas também tem um papel importante. No entanto, é de notar que a placa norte-americana, não sofre subducção em parte alguma e ainda assim move-se. O mesmo se passa com as placas africana, euroasiática e da Antártida. As forças que realmente estão por detrás do movimento das placas bem como a fonte de energia por detrás delas continuam a ser tópicos de aceso debate e de investigações em curso.
Atrito lunar: num estudo publicado em Janeiro-Fevereiro de
2006 no boletim da Geological Society of America, uma equipa de cientistas italianos e estado-unidenses defende a tese de que uma componente do movimento para oeste das placas tectónicas é devida ao efeito de maré produzido pela atracção da Lua. À medida que a Terra gira para este, segundo eles, a gravidade da Lua vai pouco a pouco puxando a camada superficial da Terra de volta para oeste. Isto poderá também explicar porque é que Vénus e Marte não têm placas tectónicas, uma vez que Vénus não tem luas e as luas de Marte são demasiado pequenas para produzirem efeitos de maré sobre este planeta [2]. Ainda assim, não se trata de uma ideia nova. Foi pela primeira vez avançada pelo "pai" da hipótese da tectónica de placas, Alfred Wegener e desafiada pelo físico Harold Jeffreys que calculou que a magnitude do atrito provocado pelo efeito de maré que seria necessária, teria causado a paragem da rotação da Terra há muito tempo. De notar também que muitas das placas na realidade movem-se para norte e este, não para oeste.
O movimento das placas é medido directamente pelo sistema
GPS.

Super continentes:


Ao longo do tempo o movimento das placas tem causado a formação e separação de continentes, incluindo a formação ocasional de um super continente contendo todos ou quase todos os continentes. O super continente Rodínia terá sido formado há cerca de 1000 milhões de anos contendo todos ou quase todos os continentes da Terra, tendo-se fragmentado em oito continentes há cerca de 600 milhões de anos. Posteriormente, estes oito continentes voltaram a formar um outro super continente chamado Pangea. Este super continente acabaria por dividir-se em dois, Laurasia (que daria origem à América do Norte e Eurásia) e Gondwana (que daria origem aos restantes continentes actuais).

5 comentários:

  1. MORAMOS NUM GRANDE OVO COZIDO.QUE COM AQUECIMENTO GLOBAL FICOU MUITO MAIS QUENTE E COM A EXPLORAÇÃO DO SOLO INREGULAR E DESEMFREADO DOS LENÇOIS FREÁTICOS E POÇOS DE PETRÓLEO, FORA OS OUTROS MINERAIS, E A ÚNICA COISA QUE DEVOLVEMOS PARA O SOLO É LIXO QUE A CADA DIA FICA MAIS TÓXICO E AUMENTA EXPONENCIALMENTE.ENFIM ESTAMOS ARMANDO UMA OVO BOMBA QUE VAI EXPLODIR( APOCALYPSE).NASCEMOS PARA MORRER, E O PLANETA VAI JUNTO....
    O QUE FAZER PARA MUDAR ESTA PESPECTIVA?????
    VOTAREMOS ÁS CAVENAS,DEIXAREMOS O MODERNO E O FUTIL..????OU CONTINUAREMOS A USUFRUIR O QUE NÃO NOS PERTENCE:- A ETERNIDADE DO PLANETA TERRA-
    SÓ JESUS PARA NOS CONCIENTIZAR!!!

    ResponderExcluir
  2. É óbvio que a Terra não morrerá conosco!
    O que acontecerá é que nós, os seres vivos desta era, é que vamos morrer. A Terra continuará existindo e vivendo em paz sem nossa presença ameaçadora.
    A Terra entende que somos bactérias perigosas para a sua sobrevivência, por isso, como o nosso organismo, também age. Ela nos ataca tentando de todas as maneiras nos matar pra que possa seguir em vida. O "antibiótico" da Terra sao os seus fenômenos naturais. É o modo de ataque que usa contra nós, as bactérias!!!Vulcões, terremotos, maremotos, tsunamis, furacões e outras reações violentas da natureza são as suas formas de defesa contra nós...
    O triste dessa história eh que a Terra já não sabe distinguir o que é bom ou não. E o que acontece é que junto conosco irão os outros animais que são completamente inocentes nessa algazarra toda.
    Bem, confiemos na natureza que é sábia, ela teve muita paciência conosco. Sabe como deve agir e o que fazer para reestabelecer o equilíbrio terrestre.

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. é bom a cada dia ver que os estudosaumentame que sites como o seu nos ajuda muito

    ResponderExcluir